A escola de Mario Lodi: Deixar as carteiras vazias e olhar o mundo pela janela
A escola de Mario Lodi: Deixar as carteiras vazias e olhar o mundo pela janela
Autunno, 4 B. L. Schedario A, Mario Lodi e i suoi ragazzi, 1974
As crianças tem uma vida secreta, uma filosofia, escrevia Mario Lodi em 2011, no prefacio de Cipì, em ocasião dos cinquenta anos da célebre historia. Eu poderia começar este artigo, para levar com muita simplicidade a nossa conversa pelo principio fundamental do método de Lodi: a ideia de que a criança e o seu cotidiano sejam, ao mesmo tempo, instrumento e fonte da própria cultura.
A criança, desde que nasce, através da experiência, é “produtora de cultura”: leva à escola as suas capacidades de “pesquisadora”, a sua bagagem de experiências já organizadas, uma concepção peculiar de mundo [“Mario Lodi e as suas crianças”, O mundo (1), Universale Laterza, 1979].
Poderia começar assim, mas esta escola extraordinariamente moderna será objeto deste artigo mais adiante, porque lendo, entrando nas experiências das crianças da região de Vho, em sua vida escolar, encontrei uma interessante informação sobre os livros indicados aos meninos e às meninas (que a partir de agora definirei como crianças) de seis anos.